Morreu na última sexta-feira (06.05), vítima de suicídio o Oficial de Justiça Maikon Gomes Coutinho, aos 38 anos. O fato ocorreu, por volta das 19 horas, na Sala dos Oficiais de Justiça do Fórum de Quixadá, no Ceará.
Conforme informou o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE), ao que tudo indica, a sobrecarga de trabalho teria sido uma das motivações.
Maikon, instantes antes de tirar a própria vida, enviou para o grupo de Whatsapp dos Oficiais de Justiça de Quixadá, uma foto de duas pilhas de mandados judiciais acumulados em cima da mesa, com a chave de seu veículo em cima.
Logo depois, ele enviou um e-mail de despedida para a esposa, Vérica Sales, com quem se casou no último mês de abril. Ele explicou que seu sofrimento já existia há muito tempo, mas que teria se agravado de forma significativa em decorrência dos últimos acontecimentos.
“Ser transferido compulsoriamente para Quixadá foi a gota d’água. Essa dor já me consome há muito tempo e realizar as atividades mais triviais do cotidiano se tornou algo colossal”.
A esposa conta que Maikon sofria depressão e que todos os dias manifestava insatisfação pelas péssimas condições de trabalho. Segundo ela, o marido guardava tudo para si e demostrava a insatisfação. “A melhor pessoa que eu já conheci na vida, um homem companheiro, carinhoso, sempre disposto a ajudar as pessoas. Está sendo muito difícil”, disse Vérica.
Maikon deixa esposa e uma filha de 1 ano e 11 meses.
